Dublagem, Curiosidades

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

* Alguns episódios de Chaves e Chapolin exibidos atualmente foram dublados mais de uma vez. Eis os contemplados, com as principais diferenças entre uma versão e outra

 

 

 

Desjejum do Chaves (Parte 2): 

A mais tradicional:

- Tem como fundo musical no fim do episódio (onde Chaves dorme na porta de Madruga com a câmera se afastando) a canção que inicia o episódio do Ladrão da Vila (e que toca constantemente nessa história, uma em que a flauta e o violão entoam uma cantiga triste). 

- Quando Seu Madruga diz que Seu Barriga tem um coração tão grande que não lhe cabe no peito, Chaves responde "Ah, então por isso que desceu pra barriga!".

- Na parte em que Quico diz que Nhonho precisa de um banho de acento, Chaves coloca que Nhonho precisa é de um banho de piscina olímpica.

 

A outra versão: 

 

- Se encerra com uma música diferente, onde o violino se destaca (a abertura, antes sempre cortada pelo SBT, tem a locução de Osmiro Campos). E os dubladores parecem estar um pouco mais agitados, com vozes mais agudas e fortes.

- Na cena do coração que não cabe no peito, Chaves diz: "Ah, então foi isso que caiu no estômago!". 

- O banho de acento tem que ser de "a-duzentos".

 

 

 

A Carabina:

 Na mais tradicional:

 

 

 

 

 

 

 

O Belo Adormecido:

Esse possui três dublagens diferentes, sendo que a segunda é a mais comum. A primeira era exibida até 1990. Na segunda, a brincadeira se chama "Enfeitiçado" e na terceira (como na primeira) é "Encantado". Outras diferenças entre as três dublagens acontecem na hora em que Chiquinha pergunta pra Quico se ele também vai beijar o Chaves: na primeira dublagem, a antiga, Quico diz: "Eu não! Nem se ele fosse um amuleto de boa sorte". Na segunda, a mais exibida, o bochechudo diz: "Que é isso? Nem se ele fosse o bailarino do municipal". E na terceira, ele fala: "Nem se ele fosse pintado de ouro".

 

Chifrinhos de Nozes: 

 

Na versão original, Chaves falava de seus amigos chilenos e dos catitos para o Professor Girafales. Na segunda versão, no ar atualmente, Chaves fala dos amigos gaúchos e do chimarrão na mesma cena. Sem contar que, na primeira versão, a reação de Chaves, Madruga e Chiquinha ao perceberem algo queimando na casa de Florinda se resumia num esquisito "GRUPO! PÉRA! EITA!". Na segunda, os três berram "NÃO DIGA! DIGO! QUE COISA!"

 

Na primeira dublagem, apresentada até 2000, na cena em que Leonardo pede para que Lorenzo de Médicis pose como se estivesse apontando uma espingarda com a mão esquerda na cintura, o malandro Leonardo dá um show de humor ao largar um cômico "Ai, chuchu". Na segunda, exibida em 1998 e em 2006, ao invés de "Ai, chuchu", Leonardo diz a frase meio sem nexo "Ah, divino es".

 

Cleópatra e Júlio César:

Na mais tradicional:

- Mário Villela dubla Metamorfosis (Horácio Gómez Bolãnos).

- A personagem de Rosita Bouchot chama-se Artritis.

- Júlio César, perguntado sobre para que lhe servem os gladiadores, responde que estão todos "atlás das glades".


- Cleópatra pergunta se Júlio César não tem lacaios, e ele responde que uma lacraia picou seu braço.

- Marco Antônio deseja saber o nome do marido da Sophia Loren.


Já na segunda dublagem (apresentada em novembro de 2005):

- Silton Cardoso dubla Metamorfosis

- A linda morena que lhe cortaram a língua é Artrite

- Júlio diz que os gladiadores lhe servem Coca-Cola.

- Cleópatra pergunta se ele não tem escravos. Resposta: "só essa que eu comprei na Praça da República".

- Marco Antônio tenta se lembrar do nome do marido de Luiza Brunet.

 

Porca Solta:

Na dublagem original, o nome do louco é Porca Solta. Na segunda, apresentada no final de 2005, é Poucas Trancas (como no original).

 

Tocando Violão: 

 

 

Na dublagem exibida até hoje:

 

- Seu Madruga, após bater no Chaves, diz que sua avó fundou o Trio Irakitan.

- Quando Dona Florinda fala para Quico: "onde vamos achar um professor de violão?", aparece a cena em que o Professor Girafales está tocando o instrumento e só se ouve o seu som, com a imagem escurecendo.

- Seu Madruga, ao perguntar a Chaves sobre a batida de um bolero, recebe como resposta: "a gente pega o bolero e bate assim". Madruguinha, na seqüência, pergunta: "você conhece a batida rancheira?". "Com limão e vodca?", responde Chaves.

- A música cantada é "Quero ver outra vez, seus olhinhos de noite serena". E o som do violão é uma espécie de sonoplastia da dublagem. Daí o fato de sempre ecoar um som bonito do instrumento mesmo quando maltratado pelo Chaves...

Já na primeira dublagem:

-
Segundo Madruguinha, sua avó fundou o Demônios da Garoa.

- Quando aparece esta cena do professor tocando o violão, se escuta um monte de aplausos e um assobio forte.

- A resposta de Chaves sobre a batida de um bolero: "um casaco curto e sem manga". E a batida "da" rancheira: "com bolsinho e com espora".

- Professor Girafales canta: "A BELEZA DA noite serena". Já Seu Madruga entoa: "Seus olhinhos NA noite serena". E o som do violão é natural mesmo, representando exatamente os maltratos de Chaves para com o instrumento. Sem contar que Chaves chega a dizer que tocará como o Chico Buarque.

 

 

 

- Seu Madruga, ao explicar pra Chiquinha o que irá fazer com a carabina, diz que ele não roubará um banco, e sim o banco é que o roubará.

- Chiquinha, na última fala do episódio, diz: "O encontro de dois mundos".

Na outra versão:

- Seu Madruga explica que com aquela carabina ele poderá encontrar algum coiote perdido (e também afirma que a carabina não dispara por ela ser de Sorocaba). 

- Chiquinha fala: "A trombada de dois mundos".

 

Bilhetes Trocados:

 

 

 

 

Na primeira e mais tradicional versão:

- Quico, ao sentar Madruga em sua cadeira de balanço, aponta para o jornal e diz "Olha que interessante, ó!". 

- Chaves pergunta: "Seu Madruga, sua avozinha joga futebol?". Após bater no menino, Madruga diz que sua avó pertencia à Sociedade Protetora dos Animais.

- Quando Seu Madruga diz ao Professor Girafales que Chaves está de prova, este responde: "Ih, lá vem encrenca...".

- Chaves diz, ao ler a carta de Girafales "No porquê de minhas três tezas".

- Chaves diz a Seu Madruga que o padeiro "o esmagará feito batata".

- Segundo Chaves, "epístola é uma pistola com alpiste".

- Chiquinha, ao ver o pai apanhar de Dona Florinda e Professor Girafales: "O que eles farão?".

Na segunda dublagem:

- O bochechudo fala "Tava lendo aqui, ó!".  

- A pergunta é "Seu Madruga, sua avozinha é ponta-direita?". A resposta de Madruguinha: "Minha avó foi centroavante do time da minha cidade".

- A resposta de Chaves: "Eu não sou sua mãe, nem nada!".

- Melhora um pouco a piada com "No parque de minhas três Terezas".

- Chaves diz ao pai da Chiquinha que o padeiro "fará picadinho do senhor".

- Para Chaves, "epístola é uma carábina, só que menórzinha".

- Chiquinha pergunta: "O que vão fazer com ele?".

 

* há também vários episódios que foram redublados, porém as outras versões de suas dublagens não são mais apresentadas. Exemplos:

O Frango de Dona Clotilde - Na outra dublagem está como "A Galinha da Vizinha é Mais Gorda do que a Minha", que por sinal é apresentada até hoje
Confusão no Cabeleireiro
As Crianças ficam de Recuperação na Escola - Na outra dublagem, a voz do professor Girafales é igual à voz que ele está no episódio "Caçando Lagartixas".
Querem dar banho no Chaves
Pintando a vila parte 2
A Festa da Boa Vizinhança parte 3
A Máquina de Lavar - Na primeira dublagem, Girafales é dublado por Potiguara Lopes, a voz em que ele está no episódio Caçando Lagartixas.
O Aniversário do Seu Madruga
Amarelinhas e Balões
Chapolin e o Pirata Alma Negra

 

Em 1984, os episódios de Chaves eram exibidos semanalmente no Brasil. No México, sempre foram semanais. Por isso que, na dublagem de episódios como "Seu Madruga Professor" e "O Julgamento de Chaves", Professor Girafales diz que o desfecho dessas histórias ocorrerá "na próxima semana". É de admirar que o SBT, que redublou tantos episódios, não tenha feito uma nova dublagem nessa parte, a transformando em "no próximo programa" para ficar mais apropriado

O Professor Girafales teve dois dubladores. O primeiro se chamava Potiguara Lopes (já falecido) e dublou o personagem em episódios como "Caçando Lagartixas", "Ano Novo na Casa do Seu Madruga" e "Ano Novo Musical". A frase que ficou mais famosa em sua voz é "Pegue esse charuto e me dê o estilingue!". O segundo é Osmiro Campos, que dubla Rubén Aguirre na ampla maioria dos episódios e também o dublou no Clube do Chaves e atualmente nos DVD's da Amazonas e no desenho animado.

 

No segundo episódio do "Despejo do Seu Madruga", Quico diz que seu pai foi engolido por um tubarão. E a frase que ele diz é "descanse em pez", que foi traduzido para "descanse em pança". E "pez", em espanhol, significa "tubarão".

Algumas vezes Quico diz "Licença" ao invés do clássico "Não deu". Para quem não sabe, em espanhol, o "Não deu" de Quico é "Me doy".

Por que um episódio possui mais de uma dublagem? Segundo o que um jornalista explicou em um chat, Chaves é rodado no antiquado sistema quadruplex. E, nesse equipamento, o som é gravado separadamente. O som da dublagem vai em um cartucho, como os que eram usados nas rádios FM até poucos anos atrás. Quando esse cartucho apresenta problemas, é usado outro. Por isso algumas ressurreições de dublagens com Sandra Mara Azevedo, quando já existe uma versão nova das dublagens, como o caso do "Enfeitiçado/Encantado", ou na segunda parte do Desjejum do Chaves.

 

 

Marcelo Gastaldi, o lendário dublador do Chaves, antes de iniciar essa carreira de dar vozes a personagens, era vocalista de um grupo da Jovem Guarda chamado Os Iguais (foto acima). Gastaldi é o que aparece em primeiro plano, o terceiro da esquerda para a direita. Ele compôs a banda com Mário Lúcio de Freitas (seu eterno parceiro, autor da música "Aí Vem o Chaves" e de várias canções do LP do "Chaves", e dublador do Godinez no Clube), Antônio Marcos (autor de "Como Vai Você", sucesso na voz de Roberto Carlos) e Appolo Mori.

 

Chespirito, no original, irritava Seu Madruga ao chorar, pois entoava um pipipipi super agudo. Gastaldi colocou em Chaves um pipipi mais baixo e suave.

No original, Chaves vive chamando o Seu Madruga de Ron Damón (no caso, o certo seria Don Ramón). Inclusive na música “Que bonita vencidad” ("Que bonita sua roupa") cantada em espanhol, ele usa esta expressão. No entanto, na dublagem, Gastaldi fala a expressão "Meu Sadruga" só uma vez, no episódio "A Proposta".

 

Chespirito, no original, irritava Seu Madruga ao chorar, pois entoava um pipipipi super agudo. Gastaldi colocou em Chaves um pipipi mais baixo e suave.

O célebre e hilariante diálogo do episódio da Cleópatra e Júlio César - foto acima ("Não deves temer nada! Há homens que te defendem! Senão para que servem os gladiadores?", "Estão todos atrás das glades", "Para que servem os centuriões?", "Servem para que não me caiam os calções") foi criado por Marcelo Gastaldi. O saudoso dublador do Chaves também tinha um dom de inventar diálogos maravilhosos. Quer outro exemplo? "Seu Churro tá aqui o madruga..." também é de auditoria do gênio e saudoso Gastaldi, que ainda improvisou no episódio do Futebol na fala "micofrone, parece que tô falando guegro".

Há quem pense que, no começo do episódio do Sympatho Yamasaki, o nome do "honolável" samurai e pai da gueixa (Florinda) seja Sai Por Aí Tá Por Aí. Na verdade, ela explicou nessa cena que seu pai "saiu por aí e estava por ali". Quando o Samurai (Ramón Valdez) aparece, ela o apresenta ao "honolável" Medidor de Luz (Carlos Villagrán) com seu verdadeiro nome: Caçamba Urinawa.


Carlos Seidl

No original, Ramón Valdez fala meio berrando. Carlos Seidl (à esquerda), que também é ator (já trabalhou em "A Próxima Vítima", "Malhação", "Celebridade", "América", "JK" e "Páginas da Vida", entre outras produções), tratou de dar uma voz mais light ao Seu Madruga. Seidl também dirige a dublagem do desenho animado do Chaves nos Estúdios da Herbert Richers, no Rio de Janeiro.

Em "As Escavações", o dublador de Seu Madruga Carlos Seidl faz Ramón dizer que vai falar com o Bush para protestar o envio do atrapalhado Chapolin ao invés do Batman. A piada foi dublada em 1990, quando George Bush pai era o presidente dos Estados Unidos. Por obra do destino, ela voltou a ser uma piada atual de 2001 a 2008, quando o filho George W. Bush assumiu a presidência da mais poderosa nação do planeta.

 

 

O quarto episódio da Festa da Boa Vizinhança não foi comprado pelo SBT provavelmente por causa do poema de amor declamado pela Bruxa do 71. O poema é repleto de trocadilhos com o nome "Ramón" e esse pode ter sido o motivo por ele não ter sido dublado. No mesmo episódio, Dona Florinda e Professor Girafales cantam uma música mexicana juntos e Quico faz um número de mágica. Por isso, o SBT costuma cortar o fim do terceiro episódio quando Chaves diz "Boa vizinhança é os vizinhos se dando bem, se entendendo e não brigando". Tanto que eles trocaram todo o texto em que Chaves anuncia o próximo episódio (trecho que geralmente é cortado) por mais ou menos assim "Qualquer dia desses aprontaremos mais palhaçadas", citando todos os personagens, dando uma risadinha quando Chaves fala do Girafales, que no fim ergue Seu Barriga durante a briga.

 

O sentido da piada do "B" grande e do "b" pequeno é devido ao fato de "b" pequeno em espanhol ter som de "v" e não por ser nome próprio ou substantivo comum, tanto que Seu Madruga (e Chiquinha posteriormente) completa com "Se for bala pequena, é calibre (V)inte dois, e vinte dois é com "b" pequeno (ou bala pequena)". Por isso, a piada não tem sentido aqui no Brasil.

As vozes de Chaves e Quico estão mais agudas do que o original em episódios como "Caçando Lagartixas" e "Seu Madruga Leiteiro", pois foram um dos primeiros dublados pelo SBT. Chapolin também tinha uma voz bem mais aguda em episódios como "Cleptomaníaco" e "O Anel Mágico". É que essas histórias foram dubladas no ano de 1984. Na época, Gastaldi e Nelson Machado (que dublou Quico) procuravam dar uma voz padrão para os personagens. No mesmo ano, Chiquinha era chamada de Francisquinha e Seu Madruga chegou a ser chamado de Seu Ramón por Quico.

 

O primo do Seu Madruga, Seu Madroga, é dublado pelo mesmo homem que empresta a sua voz para o Seu Furtado, o ladrão da vila, para o galã Hector Bonilla, mais Seu Calvillo, o homem que tenta comprar a vila do Seu Barriga. O nome do dublador é Luís Carlos de Moraes, que atualmente trabalha em novelas da Record.

 

Os choros dos personagens também foram evoluindo nas vozes dos dubladores. Gastaldi dublou, no episódio "Seu Madruga Leiteiro", um "pãpãpãpãpã" no momento em que Chaves entra no barril após levar uma bronca do pai da Chiquinha. Depois, no episódio do Ano Novo na casa do Madruga, o choro virou "mimimimimi". Até que ficou o "pipipipipi" original. Nelson Machado colocou, no episódio "Caçando Lagartixas" (o primeiro episódio de Chaves exibido e provavelmente o primeiro a ser dublado), um choro normal para Quico ao invés do "Arrrrrrr". Depois, ficou o choro tradicional. Nos dois episódios citados (Leiteiro e Lagartixa), Chiquinha, dublada por Sandra Mara Azevedo, na hora de chorar, primeiramente dava um grito "AAAAAAAA" e depois sussurrava um "B, C, D, E, F...". O choro alfabético, porém, não emplacou. 

Em alguns episódios, como "Radinho do Quico" e "Churruminos", ao invés do tradicional "Pois é, pois é, pois é", Cecília Lemes dublou, respectivamente, "olha, olha, olha" e "imagina, imagina, imagina" na voz da Chiquinha.

Older Cazarré, dublador de Jaiminho e também ator de inúmeras novelas da Globo, morreu assassinado em decorrência de uma bala perdida em fevereiro de 1992, quando fora atingido enquanto dormia em sua casa, próxima do Morro do Pavãozinho (onde ocorrera o tiroteio). As primeiras fontes da morte de Marcelo Gastaldi contavam que ele teria morrido num acidente de carro em 1995, aos 50 anos. Porém, Mário Lúcio de Freitas, parceiro de trabalho de Gastaldi, desmentiu a história em entrevista ao site Portal Chespirito, confirmando que o dublador de Chaves morrera de pneumonia.

 

O episódio do ano novo - em que estão presentes no pátio da vila inúmeros brinquedos do Quico - deve ter sido o primeiro em que a MAGA dublou em português as músicas cantadas, já que a voz de Girafales ainda era feita por Potiguara Lopes (famoso pela frase "pegue esse charuto e me dê o estilingue"). Anteriormente, tivemos uma pequena "canja" com a música "Um Ano Mais" cantada (e cortada) no final do episódio "Ano Novo na casa do Seu Madruga". Só que a música foi cantada pelos próprios dubladores naquela ocasião. Já nesse episódio dos brinquedos no pátio, foram entoadas três músicas: "Vem Brincar", "Ouça Bem, Escute Bem" e "Um Ano Mais". A primeira foi cantada num formato acústico só com violão e voz, sem o arranjo sintetizado da mesma canção entoada no episódio "O Garoto que Mentia" do Chapolin (dublada depois da versão do ano novo), cuja versão da série do Vermelhinho possui alguns erros na letra (como "A Brincar" ao invés de "Vem Brincar", que combina mais) e, na versão do ano novo, a letra é mais coerente (como no verso "pra meninos e meninas", que completa corretamente o trecho "coisas grandes, pequeninas", ao invés do "bicicletas, bailarinas" da versão do Chapolin). Incrível como a dublagem fez duas letras para a mesma música... E elas não foram cantadas pelos dubladores no episódio dos brinquedos no pátio (com a exceção de Gastaldi), pois notamos vozes diferentes quando Dona Florinda e Seu Madruga começam a cantar "Ouça Bem, Escute Bem" e quando os versos de "Um Ano Mais" são entoados na hora dos refrões (Gastaldi canta a parte solo). Cômica a atuação de um dublador que tentou dar uma de tenor na música "Um Ano Mais" (experimentem ouvir a música na última passada do refrão em que o verso "um ano mais" é cantado na canção - chega a doer nos ouvidos). Vale ressaltar que a versão de "Um Ano Mais" corrige o erro cometido pela dublagem no episódio do ano novo na casa de Seu Madruga, onde Chaves canta "Já PASSOU o ano novo" (trocando "passou" pelo mais adequado "chegou").

Em episódios como "Juleu e Romieta - primeira parte" e o perdido "Proibido jogar bola", o time de futebol América se destaca no texto. No primeiro episódio, Juleu torce para o Palmeiras enquanto o pai de Romieta é América. No segundo, Seu Madruga diz primeiramente que é torcedor do Palmeiras e, em seguida, muda para o América. É repreendido por Seu Barriga, que torce para o Corinthians. O pai da Chiquinha vira corintiano para não ter o aluguel cobrado pelo dono da vila. Nisso tudo, uma coisa é muito estranha: por que o time América, que não é tão popular assim, aparece com tanta freqüência nos textos do seriado? Sem contar que, na dublagem, os personagens não especificam para qual América torcem, pois há América no Rio, em São José do Rio Preto, em Belo Horizonte, em Natal... A explicação é simples: o América é um dos times mais populares do México. Por isso que ele sempre é citado no texto original. E no caso do "América América rá rá rá" do episódio do Juleu, eles dublaram assim mesmo devido a boca de Villagrán na cena se mexer perfeitamente para dizer o nome do time. E como há mais de 30 times pelo Brasil afora com o nome América, os dubladores deixaram assim mesmo. Mas bem que poderiam traduzir Flamengo, São Paulo, Vasco, Inter ou qualquer outro clube bem mais tradicional...