Chaves

Sem lar pra morar, sem ter o que comer, ele consegue disfarçar suas dificuldades curtindo a infância, a idade mais mágica de nossas vidas. Órfão de pai e mãe, chegou na humilde vila no subúrbio da Cidade do México quando tinha apenas quatro anos, acompanhado apenas de uma pequena trouxinha. E com os seus oito anos, Chaves esbanja juventude e mostra que, mesmo com todos os problemas que tem, pode viver a vida numa boa, apesar dele não conseguir disfarçar o maior deles: a fome. Por isso ele faz de tudo para conseguir um sanduíche de presunto, sua comida favorita.

Suas roupas estão velhas e acabadas, pois ele não tem como comprar novas. Tem como lar um barril vazio situado no pátio da vila. É lá que ele dorme e se refugia após tomar os cascudos do Seu Madruga (embora, em alguns episódios, alegue morar no apartamento número oito). Por sinal, todos se irritam por ele ser muito atrapalhado e bastante ingênuo, sem contar que ele sempre dá com a língua nos dentes na hora mais inoportuna. 

Apaixonado por Paty, quando fica assustado tem um piripaque que faz ele ficar paralisado, onde só volta ao normal quando lhe jogam água no rosto. Nos episódios a partir de 1979, ele consegue um emprego de garçom no restaurante de Dona Florinda. Seu coração é tão grande que ele faz tudo para ajudar os outros, só que em todas as vezes, atrapalha. 

Outra prova do seu bom coração é que, mesmo pobre, Chaves dividiria tudo o que tivesse com os outros numa boa.
 

BORDÕES:

- Foi sem querer querendo...
- Tá bom, mas não se irrite!
- ("Isso" ou "é que") me escapuliu!
- Ninguém tem paciência comigo!
- Isso, isso, isso...
- Que burro, dá zero pra ele!
- Pois, pois...
- Zás, zás, aí eu chegava, aí eu (executava uma ação), e depois (outra ação) e zás!
- Pipipipipipipi (choro).
- Você vai me dar?
- É que sempre é a mesma coisa, você pergunta se eu quero, eu digo sim e você diz: compra!
- Seu Madruga, sua avozinha...
- Ah, bom, se é assim, sim!
- E como eu disse? E como é? E como eu disse?